segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Perjuro (por ZadKiel R+)

Silêncio,
Por que te quebras tão facilmente?
São os lábios mais fortes que a mente?

Promessas,
Por que vos esvaís com tamanha facilidade?
É a língua mais forte que a vontade?

Era noite e choravas
À porta do Templo, ansioso aguardavas
Neófito, à Luz tu aspiravas!

Ao doce toque da espada
Irmãos receberam-te de mãos dadas
E tua Cruz se fez menos pesada

Os mistérios abriram-se a ti
Estranhos ritos praticaste ali
Sob os selos de Salomão e de Davi

Silêncio...
Não o prometeste guardar?
Silêncio...
Não o juraste respeitar?

E agora, longe do Altar,
O que era oculto
Ousaste revelar

Mas, perjuro, agora entende
Que o oculto não se compreende
Com a mente, mas se sente

Perdem-se a forma e a aparência
Mas não se viola a essência
Da arcana arte e ciência

Tudo é noite e deserto
Já não tens irmãos por perto
Está fechado o que era aberto

E sozinho seguirás
Até que olhes para trás
E a Palavra já não traias mais

Até que plantes a semente
De nova Rosa e simplesmente
Silencioso, sigas em frente

Silêncio!
Silêncio.
Silêncio...

Um comentário:

Caio V Martins disse...

Salve a Beleza e a Sabedoria!!!