quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mensagem de Fim de Ano

Aos Irmãos de todas as Potências Rosacrucianas, Martinistas e Maçônicas;
Às congregações Cristãs Gnósticas, Esotéricas e Exotéricas;
Aos Irmãos de toda e qualquer Religião;
Aos espiritualistas ecléticos;
Aos ateus:

Paz, Tolerância, Caridade!


Sobrevivemos a mais um anunciado fim deste mundo, que, por mais que o agridamos, se vem renovando constantemente. Se tudo é símbolo, o que, então, extrair dessa passagem, além das tantas piadas apocalípticas que tomaram conta da internet?

Todo fim implica a chance de um recomeço. Vale aqui a conhecida máxima de Lavoisier: "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Na história de nossas vidas, não há um ponto final. Mesmo no momento derradeiro, em que nossos corpos morrem aos olhos do mundo, um Ser espiritual, mais ou menos iniciado e, portanto, mais ou menos consciente, desprega-se da matéria, dando início a um novo ciclo de Vida, no qual a morte nada mais foi/é/será do que um instante.

Se esse Ser espiritual viesse a agarrar-se à morte, ou ao que a precedeu, ainda assim estaria vivo; porém, cego, não enxergaria a Luz de sua verdadeira Pátria.

E é exatamente assim que nos encontramos quando, ainda em vida terrena, nos apegamos àquilo que encaramos como um fim e não nos desgarramos do que lhe precedeu.

Se perdermos o que quer que seja - um emprego ou um grande amor, por exemplo -  e nos apegarmos à ideia de que não merecíamos passar por isso, nos martirizando com a repetição de que demos o nosso melhor e não fomos valorizados - ainda que isto seja verdade -, perderemos também a visão das inúmeras oportunidades que se abrem à nossa frente. Desde a realização de uma aventura com que sonhávamos já na infância até o encontro casual e inesperado com o amor de nossas vidas, tudo pode acontecer.

O passado já não existe: o que existe, aqui e agora, são as lembranças e as lições que dele extraímos, quer nos momentos de glória e alegria, quer nos de fracasso e dor. Embora normalmente só se pense em extrair ensinamentos dos momentos difíceis, devemos começar a praticar o exercício de extraí-los, também, dos bons momentos.

Assim, ganhamos consciência da estrada e nos tornamos gratos por percorrê-la. Essa gratidão certamente nos ajudará a enfrentar os momentos difíceis e a seguir em frente, principalmente se conjugada ao perdão.

De mãos dadas com a gratidão, o perdão nos liberta do passado. Por isso, disse o Mestre para perdoar "não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete". Afinal, quando perdoamos, deixamos de nos apegar à figura de quem nos fez mal e, assim, nos damos uma oportunidade para cuidar de nós mesmos, de prosseguir nossa própria jornada. Ao livrarmo-nos desse peso, nossa caminhada ascendente fica mais leve.

Neste final de ano, pratiquemos a gratidão por tudo o que nos foi permitido viver e perdoemos àqueles que nos causaram alguma dor. Desta forma, poderemos voltar nossos olhares ao ano que se aproxima, símbolo dos momentos vindouros, e contemplar os botões das Rosas que promissoramente nos aguardam para regá-las nos jardins de nossas vidas.

Fraternalmente, sob a luz do Summum Supremum Sanctuarium,


ZadKiel S::: I::: R+

domingo, 29 de janeiro de 2012

Prefácio à 2ª Edição de "Logos, Mantram, Magia"

NOTA DEL RE-EDITOR
(Por Parsival Krumm-Heller)


Queriendo cumplir el deseo de muchos estudiantes Rosacruces y de otras personas interesadas, me he decidido a reeditar esta obra de nuestro querido Maestro, Don Arnoldo Krumm-Heller, a pesar de los grandes sacrificios que ello significa. Su autor no nos dejó solamente sus obras sino que nos indicó también el deber de continuar en los estudios en los que nos inició.


Para los nuevos lectores voy a exponer aquí algunos datos biográficos sobre el autor.
Don Arnoldo Krumm-Heller nació en Salchendorf (Alemania), el 16 de abril de 1876. Descendía de una familia alemana que había emigrado a México en 1823.


Estudió medicina y ciencias naturales en Alemania, Francia, Suiza y México, otorgándole la Universidad de la ciudad de México el título de doctor honoris causa.
Durante varios años fue profesor de idiomas en la Escuela Nacional Preparatoria, e Inspector de Escuelas Extranjeras por encargo del Ministerio de Instrucción Pública. Tomó parte en la revolución de Madero y más tarde en la de los constitucionales del Presidente Carranza. Fue Coronel Médico Militar del ejército mexicano, así como también Director General de las Escuelas e Tropa. Comisionado por el Ministro de Guerra, estudió el servicio sanitario en campaña durante la guerra mundial de 1914 y asistió al Congreso Médico de Budapest en el que leyó un trabajo sobre la malaria. Como diplomático fue Ministro de México en Suiza, con misión especial y luego pasó con el mismo cargo a Alemania, donde permaneció hasta el fin de la primera Guerra Mundial. Asistió a varios Congresos Internacionales y perteneció a numerosas sociedades científicas. Ha publicado en español numerosas obras, entre las cuales merecen citarse “Mi sistema”, “Humboldt”, “Los Tatúas y su aplicación en la vida práctica”, “Conferencias esotéricas”, “Biorritmo”, “Osmoterapia”, etc.


Su mayor atención la dedicó a los estudios ocultistas, sobre los que publicó muchos libros y artículos. Era Comendador Mundial de la Fraternidad Rosa-Cruz Antigua y Arzobispo Supremo de la Iglesia Gnóstica. La labor que realizó en este sentido nos es bien conocida a todos los que hemos estudiado sus libros, cursos y revistas. En los últimos años de la segunda Guerra Mundial fue perseguido por los agentes del Gobierno Nazista, siendo confiscada gran parte de su valiosa biblioteca.


No obstante, prosiguió su labor, sabiendo muy bien los grandes peligros que corría con ello. Poco antes de terminar la guerra pudo ocultarse librándose así de las penalidades de los campos de concentración, hasta que el 8 de mayo de 1945 entraron las tropas americanas dando fin a la gran contienda. Inmediatamente, a pesar de lo quebrantada que se hallaba ya su salud, comenzó de nuevo su labor en los países de América. Grandes fueron las penalidades que sufrió en los últimos años de su vida.


Muchos de sus queridos discípulos vinieron a visitarle desde lejanas tierras poco antes de acercarse el supremo momento en que se trasladó a los planos superiores, el 19 de abril de 1949.


Pero no se ha alejado de nosotros, su obra permanece, y a mi me dejó todas sus labores y el deber, como sucesor suyo, de proseguir el camino por él emprendido.


¡Que sirva esta reedición de homenaje amoroso a su recuerdo y a su labor!


PARSIVAL KRUMM-HELLER

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Irmandade Invisível

Um dos questionamentos mais frequentes dos leitores deste blog diz respeito às afirmações sobre a existência de uma Irmandade Invisível. Decidi, portanto, dedicar algumas linhas ao tema, para que não persistam interpretações supersticiosas sobre minhas palavras.

Ressalta de nossos Manifestos que, no início, a Confraria da Rosa+Cruz era formada por um grupo de pessoas facilmente determinadas. Essas pessoas, no entanto, logo se separaram, mantendo o compromisso de reunirem-se apenas uma vez ao ano, na Casa do Espírito Santo. Misturaram-se e fizeram-se imperceptíveis, por amoldarem-se às culturas locais, cada qual encontrando, ao menos, um discípulo ao qual iniciava nos mistérios da Fraternidade.

Foi, assim, difundindo-se o Rosacrucianismo, de forma mais ou menos fiel à mensagem original, na medida em que sucediam-se as gerações e a mensagem era transmitida por pessoas que a entendiam de modo mais ou menos condizente com a ideia original, tal como exposta por nosso Pai CRC.

Grupos foram formados, de acordo com as preferências e inclinações de seus idealizadores. No seio desses grupos, a mensagem trazida pelo Pai CRC passou a ser disseminada por diferentes meios ou corpos doutrinários. Houve os que a veiculavam valendo-se das alegorias alquímicas; outros, da Cabala; outros, do hermetismo; outros, do gnosticismo; outros, da magia natural; e assim por diante.

Porque velada em alegoria, a mensagem foi, por muitas vezes, mal entendida. E, ainda assim, mesmo sem a intenção de fazê-lo de modo equivocado, foi propagada.

Houve, contudo - como há -, quem possuísse como que chaves para decifrá-la. Nem todos tinham todas as chaves, mas alguns tinham chaves que abriam certos portais, e outros tinham chaves diversas, capazes de abrir outras portas.

Ocorre que as divisões estabelecidas pelos muros erguidos ao redor dos grupos impediam os irmãos de ter acesso às chaves que lhes faltavam, muitas vezes acontecendo de um ou outro irmão sequer imaginar ou acreditar que havia outras portas e outras chaves.

Outros, porém, entendiam a naturalidade da multiplicidade e da diversidade, e, assim, compreendiam que qualquer verdade é apenas parcial. Sob o signo CR, estes comunicavam-se para além dos muros e, mesmo em outras paragens, reconheciam-se como Irmãos.

Ainda hoje é assim. Existem aqueles que não imaginam, não acreditam ou não aceitam a existência do "outro", crendo-se autosuficientes - como, de resto, lhes é de direito.

Existem, também, aqueles que, tendo atingido um certo grau de entendimento, imediatamente compreendem a Mensagem subjacente ao simbolismo que a envolve. A partir daí, entram em comunhão com almas que, como eles, aspiram aos ideais divinos, reconhecendo-as como companheiras de jornada, independentemente da denominação, linhagem, procedência, nacionalidade ou qualquer outro muro que estabeleça divisões.

Nada há de etéreo na Irmandade Invisível. Ela é formada por quem, tendo as letras CR gravadas em seu coração, compõe esse último grupo - cujos membros, dadas as facilidades do mundo moderno, atualmente reúnem-se na Casa do Espírito Santo, não uma, mas tantas vezes quanto julgarem necessário, prudente ou conveniente à Grande Obra, cuja tônica é o Serviço à humanidade.

O Servidor não trabalha para si, não visa à satisfação de suas vaidades nem está em busca de títulos, graus, distinções ou o que quer que, posto que ofertado pelas organizações "espiritualistas" destes e de outros tempos, apenas dividem, quando o propósito de uma Fraternidade deveria ser somar.

Portanto, os membros da Irmandade Invisível, não estando atados a signos de autoridade temporal, podem deslocar-se à vontade, comunicando-se como iguais - ainda que necessitem de traduções interculturais - e obrando em favor de seus semelhantes, sem pedir nem esperar qualquer retorno.

Estabelecer contato com essa Irmandade exige aspiração pura, prática diligente e serviço desinteressado. Não adianta procurá-la às cegas, pois é ela quem emite o chamado a quem está apto a ouvi-lo.

Espero ter, com estas linhas, lançado alguma luz sobre a questão.

Que floresçam Rosas em sua Cruz,

ZadKiel R+

terça-feira, 21 de junho de 2011

EMBAIXADA DO SUMMUM SUPREMUM SANCTUARIUM


E S C L A R E C I M E N T O

À luz das postagens anteriores, já está claro que, para além dos laços que me unem à Fraternidade Invisível - aquela que não possui templos ou sinais externos de reconhecimento -, tenho, também, vinculação com a manifestação visível da Irmandade, corporificada na organização conhecida como "Fraternitas Rosicruciana Antiqua", na qual fui iniciado pelo atual Comendador no Brasil, Irmão Tonapa R+, há cerca de 20 anos.

Está claro, também, que fui nomeado "Enviado Especial e Embaixador do Summum Supremum Sanctuarium" pelo Mestre Parsival Krumm-Heller, de saudosa memória, há uma década. Essa função, que nada tem a ver com a minha filiação à F.R.A. brasileira, lança sobre os meus ombros o peso de uma responsabilidade inesperada, impondo-me uma série de deveres perante meus Irmãos esparsos pelo mundo, sem conferir-me, todavia, a contrapartida dos direitos.

Portanto, não me cumpre - nem me seria lícita a correspondente pretensão - legitimar a atividade de não-iniciados ou grupos recém-formados valendo-me da função de Enviado Especial e Embaixador do S.S.S. ou de discípulo do filho do Mestre Huiracocha.

Isto significa que qualquer um que se escore exclusivamente no contato com a Embaixada do S.S.S. ou em minha relação com Parsival Krumm-Heller, visando a legitimar uma nova “linhagem” ou um novo “movimento” da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, ou bem está enganado, ou bem está enganando.

A legitimidade de qualquer ramo ativo da Fra. R.C. Antiqua é verificada pela linha de sucessão, que une o atual Comendador ao Comendador Passado e assim sucessivamente, até chegar à figura de nosso Fundador, Dr. Arnoldo Krumm-Heller (Mestre Huiracocha), célebre Rosacruz alemão, que tinha especial carinho pela América Latina.

Este esclarecimento se faz necessário diante de rumores que tentam perturbar a paz de quem vive a serenidade do Eixo e efetivamente perturbam aqueles que vêm em graus e outros sinais de autoridade um brilho mais cintilante do que a luz secreta, que brota do Coração.

domingo, 19 de junho de 2011

HOY. PARSIVAL KRUMM-HELLER


É com espanto que percebo que alguns Irmãos desconhecem os mais elementares traços biográficos de meu saudoso Mestre e filho do Fundador da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, Parsival Krumm-Heller.

Parsival recebeu intensa preparação, tanto por parte de seu pai, como por parte de grandes Mestres das ciências ocultas, tendo viajado pela Europa, África e Oriente Médio em busca de fórmulas e informações hermeticamente guardadas em Templos desconhecidos dos olhos dos profanos.

Após refugiar-se na Austrália, fugindo dos fantasmas do Nazismo, Parsival - que liderou a F.R.A. de 1949 a 1956 - dedicou-se ao estudo, ao desenvolvimento, à prática e ao ensino, para um pequeno grupo de discípulos, de fórmulas apontadas nas anotações de seu pai, o Mestre Huiracocha, e de outros Mestres, por este indicados como detentores do conhecimento arcano. Me orgulho de ter sido quem, após anos de insistência, convenceu o Mestre a abrir o seu conhecimento a um grupo, ainda que reduzidíssimo, de pessoas que conheciam sua conexão com a confraria da Rosa+Cruz.

Quis o Mestre Huiracocha que a instrução de Parsival se iniciasse sob a responsabilidade do Mestre Aureolus (Dionisio Ballester), o qual veio a instalar a Aula Mater da Espanha, em 1931. Aproveito, então, para transcrever a saudação feita pelo mesmo Aureolus a Parsival Krumm-Heller como Soberano Comendador Mundial da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, logo após a transição do Mestre Huiracocha (Dr. Arnoldo Krumm-Heller). O texto foi gentilmente postado no "blog" do Irmão Rafnael R+, Soberano Comendador do México na linha de sucessão Huiracocha - Perez Hinojosa - Rafnael (cf. rafnaelrc.blogspot.com):

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FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA
HOY. PARSIVAL KRUMM HELLER
Dionisio Ríos Ballester (Aureolus)

En estos momentos de verdadera crisis moral, cuando parece ser que la humanidad solo se ocupa de cosas triviales, surge este joven Maestro a la palestra, para ponerse al frente de la Fraternidad Rosa Cruz Antigua, por orden “superior” y seguir las huellas de su antecesor, señalándonos el verdadero camino de acuerdo con la época que se avecina (Acuario).

Si el Maestro Huiracocha tuvo que luchar incansablemente para vencer las innumerables dificultades que salían a su paso, en aquellos tiempos, para poder cumplir la misión que le había sido asignada, no lo es menos que este joven Maestro, dados los tiempos que corren de crisis mundial en todos los valores, tendrá muchas más dificultades que su antecesor. Muy pocos conocen a este Maestro que hoy está al frente de nuestras labores. Yo que, por orden del Maestro Huiracocha, contribuía a su preparación en sus primeros pasos, sé quién es. Conmigo convivió cerca de un año y por aquel entonces ya pasaba por pruebas muy duras; ya apuntaban en él los destellos de la Maestría que había de ostentar en su día.

Luego tuvo que salir de España y viajar por Europa y Egipto adquiriendo nuevas experiencias, y después de pasar por todas las pruebas, y salir airoso de ellas, ahí lo tenemos bajo los efluvios del Maestro Huiracocha, dispuesto a seguir los pasos de él; laborando por el progreso de la humanidad.

Nosotros estamos orgullosos de él porque sabemos que cumple su nombre PARSIVAL – Per si val – EL HOMBRE QUE VALE POR SÍ MISMO.

Todos sus antecesores han cumplido así en su cargo de acuerdo con la época. Esperamos que este Maestro inyectará nueva savia a nuestras labores y con ello se dará un gran alcance al progreso. Todos los hermanos antiguos, lo mismo que los que ahora empiezan, deben prestarle su ayuda, su colaboración desinteresada, para facilitarle la misión que se le ha encomendado a este joven Maestro.

Por mi parte estoy dispuesto a colaborar de la misma forma que lo hice con su antecesor. Mi cariño, mi fe, mi lealtad la tendrá siempre".


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Mensagem aos Irmãos:


Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2010.


Paz, Tolerância, Caridade!


A iniciação é um processo constante: não começa nem se completa com a passagem por um ritual. Na verdade, desde que percebemos, pela primeira vez, que aspiramos aos ideais divinos (e mesmo antes disto!), estamos inseridos no processo de iniciação.

Seja qual for o caminho que decidamos trilhar, o coração sempre nos dirá se estamos seguindo nossa verdadeira vontade – aquela vontade silenciosa, divina em essência e natureza – ou os impulsos da curiosidade. Nisto reside uma das diversas expressões do amor consciente.

Quando, há mais de 25 anos, travei meu primeiro contato com rosacruzes e martinistas, meu coração imediatamente reconheceu que ali encontraria “o meu lugar”. Desde então, tenho me esforçado para honrar a oportunidade de ser um elo da cadeia iniciática: estudo, pratico, mantenho contato com Irmãos e Mestres de várias correntes iniciáticas, do Brasil e do exterior.

Porém, se há algo que aprendi é que nada disto tem qualquer valor, se não nos pusermos a serviço dos Seres de Luz e da Humanidade. Esse serviço nem sempre nos exige grandes feitos, mas tem por parâmetro mínimo a obrigação, alegremente assumida, de sermos bons pais, bons filhos, bons cidadãos, bons profissionais e, no seio de nossa Irmandade, bons irmãos.

Estaremos, desde os primeiros passos, sendo testados. Não que nossos irmãos profanos não o sejam, mas aquela obrigação, que assumimos espontaneamente, nos fará perceber, melhor do que ninguém, que há olhos invisíveis sobre nós. O que importa é que saibamos, nesses momentos de prova, que a Irmandade e sua energia estão sempre ao nosso lado.

Recentemente, como sabem os Irmãos, enfrentei um desses terríveis testes e vivi uma situação ambígua: ao mesmo tempo em que me percebi amparado, quer sobrevivesse ou não, também me vi apavorado diante da possibilidade de perder meu mais amado e precioso tesouro – meu querido filho, Diego.

E, naqueles momentos de aflição, a Irmandade se provou forte e verdadeira. Os anos de prática certamente me deram a serenidade e a força para, mesmo baleado, dirigir até o hospital e manter-me alerta, concentrado e (na medida do possível) tranquilo nos minutos cruciais. E a força de nossa egrégora, gentilmente ativada pelas orações e os pensamentos positivos dos Irmãos e Irmãs, certamente têm contribuído com a Providência para que o processo de recuperação de minha família se faça firme, seguro e eficiente.

Portanto, quero não apenas afirmar minha confiança, mas sobretudo expressar minha eterna e infinita gratidão ao Divino Senhor da Criação, às Irmandades Iniciáticas, aos Mestres do Passado – notadamente aos Mestres Martinez de Pasqually, Louis Claude de Saint Martin, Gérard Encausse, Aleister Crowley, Arnoldo Krumm-Heller e seu filho, meu saudoso instrutor Parsival Krumm-Heller – e a cada um dos Irmãos e Irmãs que compõem essas maravilhosas Correntes de Luz, Vida, Amor e Liberdade. Recebam, por favor, meu “muitíssimo obrigado” e os melhores votos de que floresçam Rosas em sua Cruz.

Fraternalmente,


Marcelo Alexandrino da Costa Santos

(S:::I::: R+)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Onde está o Anjo?

Eis uma pergunta bastante comum entre aqueles que percorrem O Caminho:
- "O Anjo Guardião está 'dentro' ou 'fora' do Peregrino?"
Invariavelmente, essa pergunta me faz recordar a resposta de um de meus queridos Mestres, um verdadeiro Adepto R+C. Respondia o saudoso Mestre, perguntando, com seu misterioso sorriso de canto de boca:
- "Onde está você"?
A pergunta do Mestre continha, em si, uma resposta menos velada do que aparentava. E aqui lhe respondo, sob o risco que corre qualquer aluno, de não atender às expectativas de seu professor:
Se o Aspirante vê o Sol, como em um Amanhecer Dourado, o Anjo está fora dele. É a ele que dirigia suas preces de criança.
Se o Adepto está no Sol e sente o perfume de uma Bela Rosa, o Anjo está dentro dele. É com ele que conversa no mais absoluto silêncio.
Se agora o que há é um Ovo ou um Ventre nas profundezas de um Abismo Sagrado, no qual um novo ser trabalha em seu mágico repouso, o Anjo foi deixado no Portal.
Se o Mestre navega naquele Mar onde tempo e espaço se dissolvem, já não há mais Anjo, nem Adepto, nem Aspirante, pois tudo é Um.
E acima, no extasiante hálito do Beijo da Deusa, adornada por três ocultos Véus, o Um, que outrora foi Dois, se torna o Nada pulsante; sim, o Um se torna o Nada pulsante.

ZadKiel R+