sábado, 2 de agosto de 2008

Sobre a importância do perdão

Apesar de normalmente tratarmos como equivalentes, "perdoar" e "esquecer" são ações bem diferentes.
O perdão é voluntário e bilateral – exige um pedido e uma aceitação. Se destina a uma pessoa e liberta, tanto quem o recebe, quanto quem o confere desde a prisão de uma mágoa passada.
Já o esquecimento não dança conforme a música da nossa vontade. Não esquecemos pura e simplesmente, mesmo que o queiramos muito.
Há feridas que não cicatrizam, fatos impossíveis de esquecer, e quando alguém nos machuca, queremos machucá-lo também; quando alguém erra conosco, queremos ser a parte absolutamente correta na história.
Sem o perdão, velhas brigas jamais são apaziguadas e aquelas velhas feridas jamais param de doer. Assim, nos condenamos - a nós mesmos! - a conviver com a dor e com a vã esperança de um dia sermos capazes de esquecer...

Um comentário:

Anônimo disse...

"Devemos sempre perdoar porque não sabemos se quem agora nos causa dano,não será uma antiga vítima nossa" Isto é muito bonito de dizer,fica sempre bem na boca de quem o diz,só que nunca saberemos se corresponde á realidade presente. Eu uso de indiferença com quem me causa dano injustamente. Sempre que seja possivel,não riposto,seja em pensamento,sentimento ou acção. Simplesmente deixo que a Lei se cumpra. Perdou,de coração,se a pessoa muda,e faço tudo para a ajudar,a partir daí. Se quem me causou dano já não existe mais,o perdão acontece,naturalmente. As feridas ficam,e não sei,mesmo,se é verdade que o tempo cura tudo...